Os poetas somos incompreendidos.
Causar espanto faz parte da nossa essência. Porque vemos uma coisa e seu fundamento, e os outros só vêem a mesma coisa e sua utilidade. Nós vemos o todo poético de um universo dançante, os outros só vêem a parte seca de um mero processo.
Nós, os poetas, brincamos com as palavras. Os brutos fazem delas uma arma.
Para nós as palavras são flores, para eles — punhal.